Era um bocado familiar demais...
A gota de cristal límpida
escorregou gentilmente
pela rosa vermelho sangue.
Quase como as lágrimas
que deslizavam pela sua patética face,
antes tocada por uma mão
que a conhecia bem demais.
Arrepiou-se num pensamento
de regressar mais uma vez,
aos braços dele,
que abusou da sua fraqueza.
Os braços estendidos para ela
davam-lhe conforto,
apesar de mentiras eternas
de ficarem para sempre juntos.
Mas ela jurou nunca mais
voltar ao abrigo doloroso dele,
mesmo se, por um segundo,
não existisse mais nada.
E, enquanto ela via
a gota cristal embater no espinho
e estilhaçar no silêncio,
ela jurou nunca mais cair.
16 junho 2007
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