Cobres-me com as tuas asas,
mostras-me esse sorriso que me cega
e dás-me esse beijo que me mata.
Percorrendo as tuas suaves penas
sobre a minha pele arrepiada,
exaltando-me de desejo e ânsia
e vontade de ser eternamente teu.
Seguras-me por um instante,
naquele segundo que se estende ao infinito
onde o tempo não alcança.
E a terra pára durante um suspiro.
E nesse suspiro entrego tudo o que eu sou.
Segreda-me o teu nome.
Abraça-me até que tudo me doa
e nunca me deixes cair.
E, enquanto o dia escurece,
mergulho-me no teu olhar de oceanos
e perco-me no sabor dos teus beijos.
15 agosto 2007
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