Chegou como uma locomotiva
e instalou-se como um vírus,
esta insanidade em mim.
O frio queima
e os sons cortam-me ao meio.
Levanta-se a bruma, densa.
Trai-me a realidade.
Sinto-a a apoderar-se de mim.
Lentamente. A ilusão.
Devorando lentamente a minha alma.
Ilude-me e desilude-me.
É só isso que te peço.
Usa-me e abusa-me.
Lentamente.
Repetidamente.
Luto para sobreviver...
Mas nesta selva só vive quem é forte.
E eu sou fraco.
Sou como o vidro,
que tu rachas e partes.
Milhões de pedaços - ínfimos - caindo ao chão,
no meu coração...
E entrego-me. Finalmente.
E sou levado repetidamente
à minha saudosa solidão.
05 outubro 2007
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