Chamou-me ontem. Ele.
Dizendo-me o quanto era giro.
Na sua voz imaginei a cena.
Eu tinha uma oportunidade
mas fiz-me de parvo,
amando demais. Não chega.
Ele atormentou-me a alma
e empurrou-me para o fundo do poço.
Falava como se fosse um rei
dentro da casa de um pobre.
Enrolou-me com aquelas heras de sadismo.
Onde agora me penduro, imóvel, com pensamentos.
Fragmentos da dor que os espinhos me infligem.
E como vou descer agora desta casa de heras?
Porque não apago a imagem da minha mente?
Mas, algures pelo caminho eu sei
que ele encontrará
as mesmas heras por onde eu passei.
15 outubro 2007
104. Masoquismo
Viver para existir
para sofrer e desistir.
Gosto de sofrer e odiar.
Faz-me sentir inteiro.
Nunca amei. Nem tão pouco sei amar.
Amo o sofrimento.
Sofro o amor.
A dor atordoa-me como drogas pesadas.
Faz-me esmagar sobra a minha cama
e deslizar sobre o tecto de cores frias.
Sofro...
E amo sofrer.
para sofrer e desistir.
Gosto de sofrer e odiar.
Faz-me sentir inteiro.
Nunca amei. Nem tão pouco sei amar.
Amo o sofrimento.
Sofro o amor.
A dor atordoa-me como drogas pesadas.
Faz-me esmagar sobra a minha cama
e deslizar sobre o tecto de cores frias.
Sofro...
E amo sofrer.
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