Os meus sonhos destroem-me
mas sou eu quem os convido.
Não consigo descansar
e rejeito a minha própria felicidade.
A sua música é ensurdecedora.
Deixa-me...
Pendurado sobre esta falésia.
A falésia da minha insanidade.
Preso por apenas um fio
de desejos inúteis.
Baixa o volume.
Danço freneticamente
para este ritmo maníaco
de rebentar de ondas,
enquanto as minhas esperanças se estilhaçam,
uma a uma, contra as rochas como ondas,
em espumas de água e sal.
Porque insisto em tocar esta música?
A festa cedo acabará,
e os meus sonhos irão embora,
furando o frio da escuridão,
pela noite e para além do horizonte.
A falésia recebe mais uma onda de esperança
rebentando em espumas de desilusão.
E o som ensurdecedor do rebentar fica.
E eu fecho os meus olhos
e lembro-me dos meus Verões passados.
E, enquanto ignoro os meus erros,
corto o fio e deixo-me ir.
19 outubro 2007
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