Olho-te, tão belo,
mas não te posso tocar.
Ouço-te, tão angélico,
mas não te posso responder.
E eu estou morto
e separado de ti,
deste lado do vidro
e da realidade.
Se eu soubesse...
Se eu imaginasse que me amavas
- a faca no meu pulso
lateja de dor -
ecoava em ondas a minha dor
de não te poder alcançar.
Secretamente olho-te e ouço-te,
lamentando o facto de estar deste lado do vidro.
E choro o meu arrependimento.
Eternamente.
Até que te unes a mim...
23 outubro 2007
108. Interlúdio
E o Sol já não existe.
Nem as estrelas. Nem a Terra.
E vida já não existe.
Nem as pessoas. Nem o tempo.
Enquanto nós nos amamos,
Nós existimos, Apenas nós...
E amamos.
E, na fracção de segundo,
entre o bater do coração
e o soltar do suspiro,
nós paramos.
E recomeça o tempo
e as pessoas e a vida.
E a terra volta a existir
e as estrelas e o Sol,
enquanto nós
começamos a deixar de existir.
Nem as estrelas. Nem a Terra.
E vida já não existe.
Nem as pessoas. Nem o tempo.
Enquanto nós nos amamos,
Nós existimos, Apenas nós...
E amamos.
E, na fracção de segundo,
entre o bater do coração
e o soltar do suspiro,
nós paramos.
E recomeça o tempo
e as pessoas e a vida.
E a terra volta a existir
e as estrelas e o Sol,
enquanto nós
começamos a deixar de existir.
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