05 abril 2008

123. Amor agridoce

Dedos frios sobre pele quente.
Arrepios e tremores.
Peitos encostados
abraçados num som pulsante.
Ofegante.
Expira profundamente,
Geme e contorce.
Hmm...

Pequenos e redondos rebuçados
rebolando açucaradamente,
repetidamente, na minha língua.
Essas gotas de suor frio
sobre pele quente.

Salgado. A tua pele.
Esse cheiro que atordoa.
Parece que entra em mim,
que me envolve,
que passa através de mim.
Essa tua forma de me amar...

Essa tua forma de ser.

122. Recanto

Irresistível, cada recanto teu,
cada contorno do teu corpo,
cada curva que descubro.

Dou-te amor.
Dou-te paixão.

Tão inexoravelmente próximo o teu toque,
as memórias dos percursos
que os meus dedos faziam,
tremelicantes,
sobre a tua pele quente.

Cede-me um sorriso apenas,
um olhar, e entrega-te aos meus braços.
Repetidamente.

Dou-te amor e paixão.

Mãos inocentes,
embrulhadas,
procuram o calor da entrega.
Tão frágil por dentro.
Entrega-te.

Ensinarei-te a dançar por entre os meus braços
e libertarei o teu coração.
Para voares.
Para sonhares.
Para amares.

Tudo quando nós colidirmos.