22 julho 2008
139. A dor a que me habituei
Já não sei se procuro, se me perco.
Apenas sei que não me satisfaço.
Ansiando por algo que troça de mim,
longe de qualquer alcance. Tu.
Ou alguém, alguma coisa. Algo.
O silêncio que me rodeia como uma redoma,
bloqueando os sons, os cheiros, o ar.
Respiro o ar contaminado do meu próprio ser,
corrompendo mais a minha alma.
Lamentando por algo que ainda não aconteceu,
como se isso fosse resolver tudo.
Esta solidão que me abraça e envolve,
e que me cravava lâminas aguçadas no coração,
apenas embala o meu ser,
e a dor a que me habituei.
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